domingo, 19 de dezembro de 2010

Rhinobothryum lentiginosum (Scopoli, 1785)

Rhinobothryum lentiginosum (Scopoli, 1785)

O Gênero Rhinobothryum Wagler, 1830, é composto por duas espécies: Rhinobothryum bovalli, (Andersson 1916), com d
istribuição pela América Central e nordeste da Colombia e Equador e Rhinobothryum lentiginosum (Scopoli, 1785) com distribuição no Peru, Colombia, Bolívia, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Paraguai e Brasil (Cunha and Nascimento 1993). No Brasil, R. lentiginosum possui distribuição para os Estados do Amazonas, Rondônia, Pará, Amapá, Mato Grosso (Cunha and Nascimento 1993; Martins and Oliveira 1998; Frota et al. 2005; Bernarde and Abe 2006; França et. al. 2006) e recentemente a espécie foi distribuida para o Estado do Acre (Miranda, D. B. et al. 2009). Considerada um dos Colubrídeos mais raros de serem encontrados em toda a Amazônia, Rhinobothryum lentiginosum já foi registrada em áreas de floresta primária, secundária, áreas de pastagem (Cunha and Nascimento 1993; Martins and Oliveira 1998; Bernarde and Abe 2006) e mesmo em ênclaves de cerrado na Amazônia (França et. al. 2006).Esta é uma serpente noturna de hábitos terrestres que se alimenta principalmente de lagartos (Cunha and Nascimento 1993; Martins and Oliveira 1998; Bernarde and Abe 2006).

terça-feira, 6 de julho de 2010

Anolis fuscoauratus

Anolis fuscoauratus-Lagartinho

Uma das espécies de lagartos mais comuns da Amazônia, este lagartinho da Família Polychrotidae possui hábitos diurnos e arborícolas. Ocorre na maior parte do norte da América do Sul a leste dos Andes, e na Floresta Atlântica do leste do Brasil, onde se estende ao sul até o Estado doEspírito Santo.

Possui as escamas da superfície dorsal granulares e fracamente quilhadas. Escamas ventrais lisas e um pouco maiores que as do dorso. Coxa mais longa que a tíbia. Marrom a cinza no dorso e creme a branco na superfície ventral. Pode ou não apresentar uma linha clara vertebral.
Apêndice gular bem desenvolvido nos machos, pequeno nas fêmeas, variando bastante quanto à cor – cinza, cinza ou bege-esverdeado, amarelo claro, rosa ou vináceo.

Esta espécie pode ser facilmente confundida com outra espécie cogenérica, o Anolis ortonii. Porém, o A. ortoni é mais robusto e possui a coxa e a tíbia aproximadamente de mesmo comprimento.

As escamas na parte posterior do focinho são pequenas e quilhadas em A. fuscoauratus, e maiores e lisas em A. ortonii. Anolis nitens possui apêndice gular curto e uma fileira dupla de escamas vertebrais maiores que as do resto do corpo. Todas estas espécies citadas como semelhantes dividem os mesmos hábitos e micro-habitas, sendo todas arborícolas, diurnas e carnívoras.

Tipicamente ocorre na vegetação, em troncos, galhos ou cipós, e é muito comum de ser encontrada
em florestas pouco perturbadas. Resiste muito bem à áreas perturbadas, especialment
e em bordas sombreadas. Indivíduos dormem nas extremidades de galhos finos, normalmente a 2-3 m acima do chão, ou sobre folhas. As fêmeas depositam apenas um ovo por desova, mas podem produzir ao menos três desovas por ano. Ovos são aproximadamente 9 X 4 mm. Este
indivíduo foi coletado em uma área de borda de mata sombreada, a cerca de 1 metro do chão , em atividade. O indivíduo da foto é uma fêmea, com cerca de 10mm de comprimento total, e cerca de 4 mm de comprimento rostro-cloacal.

Fotos por: Diego Meneghelli - Porto Velho - RO 05-07-2010

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Oxybelis fulgidus - Green Vine Snake

Fotos por: Diego Meneghelli

Oxybelis fulgidus
- Cobra Bicuda; Papagaia; Cobra-Cipó; Cobra Verde; Green Vine Snake.

Diversos nomes para uma das serpentes que mais despertam meu interesse e admiração.
Seus tons de verde a tornam praticamente invisível aos olhos de seus predadores e presas; devido ao seu hábito arborícola e diurno.

Encontrada frequentemente termorregulando em galhos de árvores, se alimenta principalmente de lagartos e também de aves, caçando geralmente por espreita, ou seja, espera sua presa se aproximar, despercebida, e então a imobiliza através de uma forte mordida e com sua peçonha.
Não é um animal tido como peçonheto, porém, esta serpente possui um tipo de dentição chamada de "opstóglifa". Opsto = Depois, fundo; Glifa = Dente, dentição, ou seja, esta serpente, assim como outras tantas possui um par de presas fixas, pequenas, sulcada e não móveis, no fundo de sua maxila, por onde escorre sua peçonha, suficiente para imobilizar e matar suas presas.

Serpente de temperamento tranquilo, quando não importunada, tem como primeiro método de defesa sua camuflagem; quando acuada tende a fugir, ai então, se a fuga não for pertinente, pode desferir dolorosas mordidas a seus predadores ou "pertubadores". Pode atingir cerca de 2 metros de comprimento, com um corpo delgado e leve, típico porte de serpente arborícola, conferindo à ela leveza e agilidade sobre as árvores. Possui uma característica muito peculiar, presente em poucas serpentes, sendo considerada uma característica evolutica bem superior.

Esta espécie, além de outras de parentesco próximo, possui visão binocular, o que lhe permite enxergar em uma campo com profundidade muito maior, e mais real dos objetos, presas e possíveis predadores. Possui um tipo de "sulco", partindo da região anterior ao olho até a região posterior à narina, por onde ela consegue enchergar, em outras palavras, esta serpente pode lhe encarar "de frente" rs...

Possui uma característica defensiva muito interessante. Além de possuir cores que a camuflam perfeitamente em meio aos galhos e folhas verdes, esta serpente adota uma postura típica de se mover, e permanecer imóvel, imitando o balançar de galhos e folhas, como se estivesse sendo "balançada" pelo vento.

Se isso já não bastasse, esta cobra, ao dardejar sua língua, geralmente vibra somente a região mais distal da mesma, evitando ao máximo um movimento muito brusco da língua, tornando-se assim menos visível à seus possíveis predadores.

Fotos feitas durante o mês de junho de 2010, no Campus da Universidade Federal de Rondônia - UFRO - Porto Velho - RO, Brasil.

domingo, 20 de junho de 2010

A Herpetofauna


Rio Madeira - Foto por: Diego Meneghelli - O maior afluente do rio Amazônas, também o que mais contribui em volume de água. Importante ponto para o surgimento da cidade de Porto Velho - RO, onde a mesma foi contruída em sua margem direita. Enorme barreira geográfica, tem forte influência na biodiversidade local. Além de sua inquestionável beleza.

A Herpetofauna é a área da Zoologia que estuda os Répteis e Anfíbios. A Região Amazônica é detentora da maior Biodiversidade do mundo, e quando se fala de anfíbios e répteis, temos respectivamente o 1º e 2º lugar em termos de biodiversidade.É preciso que cada um de nós mude o jeito de pensar. O progresso não está apenas na soja, no gado, na energia. O progresso está no nosso verde, nos nossos rios,na nossa fauna! Para mudar o Mundo é preciso primeiro mudar a si mesmo. Ainda é possível salvar a nossa Amazônia! Não lute por nosso País apenas durante a Copa do Mundo, lute por ele sempre!